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Bullying: como lidar?

Quem tem filhos, principalmente em idade escolar, dentre suas muitas preocupações, uma das principais é se a criança está sendo vítima de Bullying.

É importante saber diferenciar uma brincadeira sem graça isolada por parte de algum colega, ou o algo caracterizado como um bullying.

O termo bullying (da expressão “bully”, em inglês, que significa “brigão”) refere-se a comportamentos agressivos e intencionais sem fim. Ou seja, são atitudes que se repetem com frequência entre as mesmas crianças, como uma perseguição.

Certamente, o bullying sempre existiu, o fato é que não tinha um nome, pelo menos não esse nome. Hoje muitos de nós adultos, olhando para o passado nos identificamos de alguma forma com a situação. Pode ter sido como quem causa, quem sofre ou apenas por ter presenciado a perseguição. E apesar de a prática sempre ter existido, ela vem recebendo mais atenção tanto da mídia quanto dos educadores nos últimos anos.

A partir de que idade uma criança é capaz de praticar bullying?

Geralmente a partir dos 3 ou 4 anos, uma criança já é capaz de “caçoar” de outra intencionalmente e de forma insistente. Sua socialização e sua capacidade de ver o “outro” já estão desenvolvidas, assim como seus laços de amizade, formam grupos e descobrem afinidades. Consequentemente, é na mesma época que surgem os primeiros casos de discriminação, implicâncias e humilhações. A partir de então, elas já têm noção dos sentimentos alheios e podem ferir outras crianças intencionalmente.

Antes dessa idade, é comum que os pequenos utilizem comportamentos agressivos simplesmente por estarem em desenvolvimento e não dominarem outras formas de expressão.

Portanto aquelas mordidas, beliscões que costumam acontecer entre os menores, são apenas reflexos de descobertas através dos sentidos. Que obviamente precisam ser corrigidos e controlados. Mas que não caracterizam bullying. Afinal, não há um alvo constante e nem uma discrepância na relação de poder entre as crianças.

Como identificar o bullying?

O Bullying pode ser físico, moral ou virtual.

O ponto mais comum eleito para a prática de bullying, são as ofensas pessoais. Principalmente ligadas a parte física da criança e colocadas como rótulos: gordo, magro, baixinho, quatro-olhos, e assim por diante. Ainda há questões no atraso no desenvolvimento, como quando uma das crianças não consegue realizar certas tarefas tão bem quanto as outras.  É o que acontece quando a turma repara que apenas um dos colegas não sabe comer sozinho, segurar o xixi ou amarrar os sapatos, e resolve lembrá-lo disso com frequência por meio de piadinhas. E pode ainda vir por meio da exclusão: as panelinhas estão se formando e certos alunos podem ficar de fora, sem chance de entrosamento.

Violência física e fofocas são outras formas de bullying, mas menos comuns na Educação Infantil. Mas muito comum entre as crianças maiores. Onde se espalham mentiras ou insinuações sobre algum outro colega.

Hoje em dia uma das formas que facilita o bullying é a internet. O primeiro ponto é levar em consideração que na internet as coisas tomam proporções muito maiores, já que se espalham facilmente. Portanto filmagens, fotos e postagens de crianças devem ser monitoradas pelos responsáveis.

A vítima do bullying, pode apresentar relutância em ir para a escola, queda de desempenho ou até mesmo regressão no aprendizado, ansiedade ou medo de ficar junto aos colegas, se manifestar ou deixar a companhia dos adultos, súbita agressividade, queda da autoestima, problemas para dormir e pesadelos frequentes.

É comum que a criança não conte a ninguém pelo problema que está passando. Afinal fica apreensiva, pelas consequências e ameaças que o “agressor” pode usar.

É essencial que um adulto (funcionário da escola ou familiar) fique atento ao comportamento da criança, não só no âmbito escolar, mas também em festas e junto de outros grupos.

O que fazer?

A primeira infância é a fase ideal para ensinar a resolução saudável de conflitos em oposição à violência. Mas se for detectado em crianças mais velhas, deve sofrer interferências rapidamente.

Acima de qualquer mudança, essa criança precisa ter um ambiente seguro em casa. A família deve promover o empoderamento e incentivar a criança, para que ela consiga se proteger e lidar melhor com essa questão. Onde ela possa se sentir a vontade para assumir erros, pedir ajuda e conversar. Não se deve ensinar nenhuma criança a devolver a provocação, xingamento ou a agressão física. Isso só tende a tornar as coisas mais graves e seu filho pode inclusive sair machucado fisicamente e psiquicamente.

A escola deve ser comunicada para que juntos e com responsabilidade, tomem ações adequadas ao caso. A família do agressor também deve ser comunicada.

Promover atividades escolares que estimulem o respeito ao próximo, empatia, cultivo de relações saudáveis e promoção da educação socioemocional.

Além da integração dos alunos, trabalhos em equipe onde diferentes habilidades sejam valorizadas e ainda propor aos alunos que falem sobre o tema, com trabalhos, apresentações, teatros, rodas de conversa, etc.

O professor, que é a pessoa de autoridade máxima na sala de aula, não deve em hipótese alguma permitir apelidos ou reproduzi-los, afinal este deve servir de exemplo.

Sempre converse com as crianças envolvidas no bullying (vítima e agressor), sem que isso aumente a rivalidade ou o sentimento de inferioridade entre os dois.

O bullying pode gerar grandes prejuízos que podem seguir pela vida adulta, com pessoas inseguras, com baixa autoestima. Portanto é necessário buscar ajuda profissional não apenas para as crianças, mas também para as famílias dos pequenos.

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